segunda-feira, maio 23, 2011

Maromba - RJ

Depois de 3h de trânsito num trecho que costumo gastar apenas 15 min diariamente (isso mesmo) me perguntei, mas porque cargas d'água voltei de Maromba?! Rsrsrs



A vila de Maromba [Visconde de Mauá eixo RJ-SP] destaca-se pela abundância de águas limpas que se expressam em diferentes formas: rios, cachoeiras e piscinas naturais de águas cristalinas. São mais de 100 cachoeiras catalogadas, das quais tivemos a oportunidade de conhecer três (Escorrega, poção e santa Tereza). Tanto essas piscinas como as cachoeiras, ficam num circuito de fácil acesso [vale ressaltar que na cidade há muitos guias e transportes para auxiliar os turistas] [saiba mais]


Agora, depois de mais um dia árduo de trabalho, trânsito e essa correria doida que nós moradores de SP conhecemos tão bem, sentada frente a essa tela, tomando uma dose da cachacinha que trouxe de lá (chocolate, com noz moscada e canela), queimando um incenso de alfazema que ganhei de um dos moradores da cidade e perdida entre lembranças, me pego a pensar:

  

Aiiinn saudades daquelas águas; daquela lareira quentinha no quarto; de tomar as pinguinhas caseiras do nosso querido amigo César (figuraça incrível – aliás, indo a Maromba jamais deixe de passar no Jeca tatu


restaurante e cachaçaria – vale muito a pena) que me fez tomar a pinga de casal muito da bem acompanhada (pena que não foi dessa vez... hahaha lamentações em off); da rede na varanda (e que varanda companheiros! Com uma vista linda, linda, da cidade que é serra pura);



o crepe de frango da tia "mais macho que muito homi" com caldinho de feijão beeem quentinho (hahaha); o foundue que não rolou (mas que deixou uma vontade danada – hehe); o Hippie que me deu lembrancinha artesanal da cidade depois de me fazer gastar 120,00 reais (caracoles, quase o preço da viagem, rsrsrs, mas o cara é sensacional. Aproveitando, gente do céu, eita que ôôô povo mais hospitaleiro viu?! Me senti em casa) o Rodrigo [o outro Hippie] que me ofereceu emprego na loja dele de luminárias...


E por aí se vai...
Se vai nas confidencias que trocamos até nos olhares [com os amigos de longa data que arrastamos com a gente], se vai na sintonia que nos contagia com os amigos novos que parecem mesmo termos conhecido desde outras vidas, se vai nas vontades que não passamos e naquelas que ainda não foram dessa vez, rs, se vai nas risadas que aquecem e nos dão os motivos de suportar sem sentir a noite fria, se vai nos goles de vinho seco acompanhado de caretas e/ou paladares aguçados, ou quem sabe, nos de jurupingas caseiras que sobrou só um último golinho pra eu provar, se vai em músicas cantadas do alto da pedra embaladas aos som de violões e seus violeiros e tendo as águas da cachoeira e as conversas paralelas como percussões, ou aquelas cantadas a capela que nos remete a infância traduzindo nossas intimidades [a nane não lava o pé, não lava porque não quer... hehe] e nos dão certezas de que nossos [bons] atos são construídos no dia-a-dia para depois se tornarem histórias/estórias, [ora com h, ora com e, para ilustrar e ser reais]. (Aliás, viram como me comportei nessa viagem pessoal?! não teve nenhuma pérola pra me complicar ainda mais! rs)


E tem também aquilo que
se fica!

Se fica entre lembranças pra gente ter certeza de que realmente viveu, se fica como esperança de que quem sabe mais uma vez, se fica com experiência de conhecer (ou retornar) à um lugar novo [de novo], se fica como desculpas para os e-mails trocados na manhãs seguintes, se fica como contos que deixaremos para nossa espécie em continuação, se fica em versos, prosas, rimas e poesias que nos fazem repensar que pro mundo ser melhor, basta apenas que nós nos entreguemos sem reservas...
[Tornando sempre o corpo quanto mente e mente quanto corpo].


Bom, e já que não se tem como mesmo rebobinar, vou ficando por aqui com meus pensamentos soltos e as milhões de fotos, milhões de risos, milhões de motivos! Aliás, pegando carona nas palavras do Marcelo [Mah] finalizo concordando com :

“E, pensando bem, sou contrário a rebobinar a fita, dar um restart,
apertar o”repeat this weekend forever”!
Afinal, não quero que o tempo volte,
Quero que ele acelere até a próxima parada!


[... ainda me perguntam porque é que sou tão feliz ]